Você já ouviu dizer que burros e mulas não conseguem se reproduzir? Essa informação é verdadeira - e tem uma explicação científica bem interessante por trás. A esterilidade desses animais está diretamente ligada à sua origem híbrida e à diferença no número de cromossomos de seus “pais biológicos”.
O burro é o resultado do cruzamento entre um jumento e uma égua. Os cavalos (equinos) possuem 64 cromossomos, enquanto os jumentos (asininos) têm 62. Quando ocorre o cruzamento entre as duas espécies, o filhote herda metade dos cromossomos de cada progenitor, totalizando 63.
Esse número ímpar de cromossomos é o ponto crucial: durante a meiose - processo de divisão celular responsável por formar espermatozoides e óvulos -, a incompatibilidade genética impede a formação adequada dessas células reprodutivas. Como consequência, burros (machos) e mulas (fêmeas) não produzem gametas viáveis, tornando a reprodução natural impossível.

Além disso, há outro fator que contribui para a infertilidade: os órgãos genitais de burros e mulas não se desenvolvem completamente, reforçando a impossibilidade de reprodução.
Embora sejam estéreis, esses animais têm grande importância no meio rural, sendo reconhecidos por sua força, resistência e inteligência - qualidades que fazem deles excelentes companheiros de trabalho no campo.
