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Mulheres, homens, máquinas… novas técnicas, tecnologias futuristas e um olhar diferente para as coisas da terra, para o que dela podemos tirar e o que para ela devemos devolver. Essa é a perspectiva das empresas que investem no agronegócio no Brasil.

A revista Forbes listou as 100 maiores empresas do agronegócio brasileiro, e algumas dessas empresas trazemos a seguir:

JBS

Setor: Alimentos e Bebidas
Fundação: 1953, em Anápolis (GO)

Maior empresa de Alimentos e Bebidas e segunda maior empresa de alimentos do mundo, a JBS é a segunda maior companhia brasileira e a maior empresa privada em faturamento. Uma gigante com cerca de 400 unidades produtivas em 15 países nos cinco continentes, a companhia vai muito além das carnes bovina, suína e de aves. Ela possui negócios correlacionados, como couros, biodiesel, higiene pessoal e limpeza, soluções em gestão de resíduos sólidos e embalagens metálicas, e recentemente entrou nos alimentos alternativos, investindo em proteína vegetal. Em 2020 a empresa voltou a apresentar um resultado recorde, com faturamento de cerca de R$ 270 bilhões, crescimento de 32% ante 2019. A empresa passou a investir também em mercados alternativos, como as carnes vegetais.

RAÍZEN ENERGIA

Setor: Agroenergia
Fundação: 2011, em São Paulo (SP)

Principal fabricante de etanol de cana-de-açúcar do Brasil e maior exportadora individual de açúcar de cana no mercado internacional, a Raízen surgiu como uma joint venture entre a Cosan e a Shell do Brasil. Possui 26 unidades produtivas e uma ampla rede de distribuição de produtos, com cerca de 7 mil postos de serviço da marca Shell, 65 terminais de distribuição e 65 aeroportos. Os resultados recentes foram beneficiados pela alta dos preços das commodities e da energia. A empresa possui 1 gigawatt de capacidade instalada de produção de energia elétrica a partir do bagaço da cana. A Raízen emprega mais de 30 mil funcionários.

COSAN

Setor: Agroenergia
Fundação: 1936, em Piracicaba (SP)

Uma das maiores empresas de agroenergia do país, a Cosan nasceu em 1936, quando os irmãos Pedro Ometto e João Ometto associaram-se ao empresário Mário Dedini para comprar a usina Costa Pinto, em Piracicaba, interior de São Paulo. Em 1989 o grupo chegou a ser o maior produtor de açúcar e álcool do mundo, com 22 empresas e moagem de 10,5 milhões de toneladas de cana-de-açúcar, 5% do total brasileiro. Atualmente, o grupo Cosan produz e exporta etanol e açúcar, gerando energia ao utilizar o bagaço da cana. Também atua na logística de açúcar e outros granéis sólidos destinados à exportação. Em 2012, o grupo adquiriu o controle da Companhia de Gás de São Paulo (Comgás), privatizada pelo governo do estado, ampliando sua atuação na área de energia.

CARGILL

Setor: Alimentos e Bebidas
Fundação: 1865, em Conover, Iowa (EUA). No Brasil desde 1965

A Cargill é um caso raro: foi fundada há 156 anos nos Estados Unidos, é uma empresa gigantesca de capital fechado e seu controle permanece com a família fundadora. Também é a maior empresa de capital originalmente não brasileiro desta lista. A companhia divulgou uma receita global recorde de US$ 134,4 bilhões em receitas no ano fiscal de 2020 (junho a maio), um crescimento de 17% em relação a 2019. A empresa surgiu a partir de um armazém para grãos e posteriormente expandiu suas atividades para outras commodities. Atualmente, a Cargill atua nas áreas de alimentos, energia e logística. No Brasil desde 1965 e empregando cerca de 11 mil funcionários, é uma das maiores indústrias de alimentos do país. É proprietária de marcas tradicionais do mercado de consumo, como o óleo de milho Mazola, a maionese Lisa e os molhos e extrato de tomate Elefante.

AMBEV

Setor: Alimentos e Bebidas
Fundação: 1999, em São Paulo (SP)

Maior cervejaria do mundo, nascida da compra da Antarctica pela Brahma, a gigante industrial AmBev também atua no agronegócio. A cervejaria é uma voraz consumidora de cevada, matéria-prima do malte, principal insumo da cerveja. Nesse sentido, a Ambev produz cevada diretamente no Paraná e no Rio Grande do Sul, e atua também em parceria com cooperativas nessas regiões, que produzem cevada para abastecer suas maltarias. A AmBev está estudando uma ampliação de suas atividades e mirando no mercado de energéticos.

COPERSUCAR

Setor: Agroenergia
Fundação: 1959, em São Paulo (SP)

A Copersucar é a maior cooperativa brasileira e possui um modelo de negócios único no setor sucroenergético, que inclui todos os elos da cadeia de açúcar e etanol, desde o acompanhamento da safra no campo até os mercados finais, incluindo armazenamento, transporte e comercialização. No último ano-safra, a Copersucar produziu 5,4 milhões de toneladas de açúcar, dos quais 2 milhões destinaram-se ao mercado interno e 3,4 milhões foram exportadas. A produção de etanol, porém, recuou 21,8%, caindo de 14,2 bilhões de litros para 11,1 bilhões. A Copersucar também controla a Eco-Energy, nos Estados Unidos, que no ano-safra mais recente movimentou 6,5 bilhões de litros de etanol.

COFCO INTERNATIONAL

Setor: Trading e Comércio
Fundação: 1949, em Pequim (China). No Brasil desde 1974

Fundada em 1949 logo após a Revolução Comunista na China, a Cofco foi, durante décadas, a única estatal importadora e exportadora de produtos e insumos agrícolas da China. Atualmente, a Cofco é uma das maiores tradings do mundo. Em 2019, a empresa transportou 106 milhões de toneladas de soja, grãos, açúcar, algodão e café. A Cofco iniciou suas atividades comprando soja brasileira em 1974, após restabelecimento de relações diplomáticas entre China e Brasil. A companhia vem ampliando suas atividades no Brasil, ampliando seus investimentos em armazenagem e processamento de grãos.

AMAGGI

Setor: Alimentos e Bebidas
Fundação: 1977, em São Miguel do Iguaçu (PR)

O grupo Amaggi foi um dos pioneiros na produção de soja em larga escala no Mato Grosso, onde está desde 1979. É o maior produtor de soja de capital 100% nacional e atua em outras três áreas: trading, logística e energia. Na trading, o grupo exporta soja e milho e importa e distribui insumos agrícolas, com escritórios e representações na Argentina, Paraguai, Holanda, Suíça e China. Na logística, criou e administra o Corredor Noroeste de Exportação, formado pelos rios Madeira e Amazonas, por onde são escoados os grãos das regiões noroeste de Mato Grosso e sul de Rondônia. Na energia, tem capacidade de gerar 70 megawatts por meio de cinco Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCH) instaladas em Mato Grosso e de uma usina termoelétrica em Itacoatiara (AM).

MINERVA

Setor: Alimentos e Bebidas
Fundação: 1992, em Barretos (SP)

A Minerva Foods vem se destacando no cenário do agronegócio brasileiro por suas técnicas de gestão de riscos. A companhia não é a maior em abate de bovinos, estando na terceira posição. No entanto, ela é uma das principais exportadoras e tem sido bem-sucedida em fechar parcerias fora do Brasil. A Minerva destaca-se pela sustentabilidade, especialmente nos negócios. Em 2020 ela estruturou uma unidade de venture capital para investir em inovação e reforçou sua atuação no segmento de food service, onde as margens são melhores.

COAMO


Setor: Cooperativas
Fundação: 1970, em Campo Mourão (PR)

Fundada em 28 de novembro de 1970, por um grupo de 79 agricultores em Campo Mourão, na região centro-oeste do estado do Paraná, a Coamo conta com 110 unidades localizadas em 71 municípios nos estados do Paraná, Santa Catarina e Mato Grosso do Sul, para recebimento da produção agrícola dos mais de 29 mil associados. A Coamo emprega cerca de 8 mil funcionários efetivos. O principal produto é a soja, seguida pelo milho, trigo e café. A Coamo tem um terminal marítimo em Paranaguá e dois parques industriais, no Paraná e no Mato Grosso do Sul, onde esmaga soja e produz gorduras vegetais, além de torrar e moer café, moer trigo e fiar algodão.

AURORA

Setor: Cooperativas
Fundação: 1969, em Chapecó (SC)

Uma das maiores cooperativas do país, a Aurora foi fundada em 1969. Oito cooperativas do oeste de Santa Catarina uniram-se para melhorar as condições de comercialização de grãos e comprar um frigorífico que absorvesse a produção de suínos. Atualmente, a Aurora é uma das líderes na produção de alimentos no Brasil, além de ser um conglomerado produtor e exportador de grãos. Ao todo, são 11 cooperativas associadas, 30 mil empregados diretos e outros 10 mil indiretos. As unidades localizam-se em Santa Catarina, no Paraná, no Rio Grande do Sul e no Mato Grosso do Sul. São sete unidades de suínos, que processam 5,2 milhões de cabeças por ano, e oito de aves, que abatem 242,6 milhões de cabeças por ano.

KLABIN

Setor: Madeira, Celulose e Papel
Fundação: 1890, em São Paulo (SP)

Uma das maiores e mais antigas fábricas de papel e papelão do Brasil, a Klabin começou como uma papelaria em São Paulo, fundada pelo imigrante lituano Mauricio Freeman Klabin. Atualmente suas atividades abrangem quatro áreas: florestal, celulose, papéis e embalagens. Possui 25 unidades industriais, sendo 24 no Brasil e uma na Argentina, e emprega 23 mil pessoas, entre funcionários diretos e indiretos. Em 2020 a empresa adquiriu as atividade de papel para embalagens (kraftliner) da International Paper, que desejava sair do Brasil, adquirindo cerca de 6,6% do mercado.

TEREOS INTERNATIONAL

Setor: Agroenergia
Fundação: 1932, em Aisne (França). No Brasil desde 2002

Fundada por uma cooperativa de cultivadores de beterraba no noroeste da França para produzir açúcar, a Tereos é a terceira maior empresa de açúcar e etanol do mundo. A empresa iniciou seu processo de internacionalização nos anos 1990 e chegou ao Brasil em 2002 quando comprou uma companhia francesa controladora da Açúcar Guarani. Além da Guarani, a Tereos no Brasil é composta pela Tereos Açúcar & Energia, Tereos Amido & Adoçantes e Tereos Commodities. Possui sete unidades de processamento e duas refinarias e fábricas de derivados de milho e mandioca. A Tereos Commodities Brasil opera como trading e possui escritórios em sete países. A alta dos preços do açúcar em 2020 fez a companhia lucrar 13 vezes mais.

COOPERCITRUS


Setor: Cooperativas
Fundação: 1976, em Bebedouro (SP)

A Coopercitrus é uma potência como organização cooperativista e vem mantendo um crescimento médio de 20% ao ano em seu faturamento. Sua atuação cobre café, milho, soja e açúcar, produção de sementes, insumos e ração animal, além de uma atuação comercial com concessionárias de máquinas agrícolas, lojas de conveniência, shoppings rurais e postos de combustíveis. Na base desse movimento estão cerca de 35 mil agropecuaristas nos estados de São Paulo, Minas e Goiás. A Coopercitrus também atua na difusão de conhecimento por meio da Fundação Coopercitrus Credicitrus, entidade de ensino e pesquisa. 

PIRACANJUBA

Setor: Alimentos e Bebidas
Fundação: 1955, em Piracanjuba (GO)

A Piracanjuba escolheu seu nome a partir de seu local de fundação. Atualmente o grupo é um dos líderes no setor de laticínios, com sete marcas principais e cerca de 160 produtos. A Piracanjuba tem laticínios localizados em Goiás, o estado de origem, e também em Minas Gerais, Santa Catarina e Paraná. Em 2020 a captação de leite foi de 5 milhões de litros, o que torna a empresa criada pelos irmãos César e Marcos Helou a segunda maior do país, atrás apenas da suíça Nestlé. No ano pas sado a Piracanjuba ampliou seu portfólio de produtos, lançando cereais infantis, farinha láctea e manteiga em lata com flor de sal, além de bebidas com cereais e alimentos funcionais. A Piracanjuba encerrou 2020 com 3.390 funcionários.


Fonte: www.forbes.com.br